Talvez esse seja um texto sobre amadurecimento.
Talvez seja sobre as inúmeras decepções.
Talvez seja só sobre o cansaço mesmo.
E por último, mas não menos importante; talvez, enfim, seja um texto sobre amor 💔
A chegada daquele primeiro amor, normalmente na adolescência, muda completamente nossa rotina e toda aquela mistura de sentimentos e emoções deixa tudo mais à flor da pele. É, ter a sorte de um amor tranquilo traz mesmo a sensação de bem estar e felicidade até que o aparecimento das primeiras decepções nos obrigam a colocar o pé no chão e inevitavelmente ir com mais receio nas próximas situações, ou seja: a ideia de amor já começa a se modificar diante nossas experiências e ao passar dos danos.

É que quanto mais nos permitimos amar, mais ficamos vulneráveis ao ser amado – e tá tudo bem, faz parte; mas atualmente até isso acaba sendo perigoso, acredita? E digo isso sobre todas as relações, inclusive as amizades e até dentro das famílias. Felizmente a vida adulta, normalmente após os trinta e algumas decepções, nos permite a habilidade de amar outras vezes com os cuidados de uma mente aberta e ao mesmo tempo com algumas restrições sobre “os filmes que vimos antes”. É aquele ditado: quem bate esquece, mas quem apanha lembra… 😅
Quando nos conhecemos, evitamos muitas coisas, pois sabemos o que nos cabe, onde cabemos e o que merecemos, e dificilmente aceitamos menos. É sobre!
Jesus enquanto exemplo perfeito de amor nos ensina que devemos amar uns aos outros, mas convenhamos que mesmo com todo esforço que uma minoria ainda possa se empenhar na missão, a coisa tá cada vez mais crítica; os ensinamentos dizem também que no final dos tempos o amor de muitos se esfriara. Talvez seja sobre isso: se aproxima o final dos tempos.
Estamos cansados, desconfiados, desesperançosos no amor e com um certo receio de nos entregar verdadeiramente ao outro e cair no golpe da ilusão.
Não eliminem o “romantismo” necessário

Atualmente se você fizer uma rápida busca no google do termo “romantizar”, terá o sinficado: “idealizar uma situação corriqueira ou desagradável”. Diante disso, a ordem é não mais romantizar as relações, porque em tese isso cria abertura para vulnerabilidade em situações realmente desagradáveis, como: relacionamentos tóxicos e machismo; entretanto, precisamos lembrar que existem situações corriqueiras que não necessariamente são desagradáveis, como a entrega. Em qualquer relação sincera, a entrega é uma maneira saudável de “romantizar” as coisas, pois mantém o ideal de amor fraterno dentro das instituições, exemplo > que a família deve continuar sendo seio de carinho, incetivos e apoio nos momentos ruins; que no relacionamento a dois exista compreensão e o diálogo para resolução de crises e conflitos; e, sobretudo, que ainda exista o respeito e empatia nas relações coletivas. Esses exemplos são essenciais! O cuidado deve ser muito com as característica do que escolhemos romantizar.
“Emocionado” ou estou romantizando um ideal utópico?
A realidade é que hoje em dia isso é quase um “arquétipo” do que entendemos como ideal, mas pouco usual e encontrada nas relações. Então demorei um pouco para entender, embora tantas decepções, que existe mesmo uma crise de valores que não somente nos atinge como um todo, mas também individualmente. Tudo está mais fluído, talvez. Além disso, as relações conjugais atuais estão cada vez mais sustentadas por motivos distintos: conveniência. interesses. egoísmo. fetiche. necessidade de manipular e até fazer exposição do outro, que, inclusive, corre o risco de ser visto como o “emocionado” da vez por ter se entregado e descobrir que: “não era amor, era golpe!”.
As pessoas estão frias, calculistas e cada vez mais aderindo à “cultura do desapego” nos relacionamentos: um lance aqui, uma ficada ali, uma gozada e muita mentira, infidelidade, joguinhos de desinteresse e se vacilar, quer ver que trai mais? 😈
Ninguém quer ficar por baixo, meu parceiro.

Nessa espécie de “jogos vorazes” emocional infelizmente vamos perdendo aos poucos a capacidade de acreditar nas pessoas e suas reais intenções; a “inocência” dos primeiros amores aos poucos vai embora e somos obrigados a ficar cada vez mais atentos para sobreviver nessa alcateia de lobos famintos pela destruição entre si. Nesse meio todo é o amor quem perde espaço e precisamos de um esforço muito maior para ainda acreditar nele, passamos a resignificar tal sentimento não por medo dele, mas das pessoas. Apanhamos tanto que passamos a ter medo de sofrer novamente na mão de quem nos entregamos em nome do amor? Isso tudo é triste!
Não sei você, mas eu sempre acreditei muito no amor e sinto-me cheio dele. Mas ao longo das minhas experiências (algumas traumáticas) venho perdendo o interesse e até a crença nas pessoas.
Como lidar então com o sentimento que transborda dentro da gente?
Entendi que não adianta dar as pessoas aquilo que elas não estão preparadas pra receber ou simplesmente não querem. Existe um amor que é genuíno e que nesse sim podemos confiar: o amor de divino. Esse é o único que merece nossa total devoção, empenho e certeza de satisfação, pois esse amor nunca se esfriará. Não tem interesse. Não quer nada em troca. Então hoje eu resolvi dar um novo significado pra minha vida e pra esse sentimento. Quero me sentir cheio, transbordado, infinitamente realizado com o amor de Deus e quanto as demais coisas?
Certeza que a mim serão acrescentadas. Amém! 🙏
Um abraço!